terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Quando se mangia...


la bella polenta" na Festa da Achiropita é outra coisa. A Igreja é uma das mais conhecida na cidade e sua devoção começou no final do século XIX com a chegada dos imigrantes italianos ao bairro do Bixiga. No entanto, no bairro, além dos calabreses também haviam os cerignolanos, e aí começou a "encrenca". Os calabreses queriam construir uma paróquia a Nossa Senhora Achiropita e os cerignolanos a N. Sra. da Ripalta, que eram muito devotos. Antes que os rolos de macarrão voassem, o arcebispo tomou sua decisão: nem N. Sra. Achiropita e nem Ripalta e sim São José seria o padroeiro da Igreja. A partir daí, cada colônia realizava cada ano procissões de seus santos,no entanto a devoção a N. Srs. Achiropita, entre os moradores do Bixiga tornava-se cada vez mais forte e os calabreses a considerava a padroeira principal, não rejeitando São José, mas para eles devoção é devoção! Em virtude disso o cardeal Carmelo Putorti analisou o caso e enviou uma solicitação para que mudasse o padroeiro da Igreja para N. Sra da Achiropita, pois afinal o terreno da igreja foi doação dos calabrases, então nada mais justo. Entre molhos e macarronadas, em 1949 a Igreja foi reinaugurada como Paróquia N. Sra da Achiropita e junto começaram algumas quermeses na rua, com poucas barracas. Na década de 40 e 50 a festa saiu da rua e mudou-se para o pátio da Igreja. Em meados dos anos 70, a quermesse voltou às ruas, graças, principalmente, ao empenho dos casais participantes do Encontro de Casais com Cristo. A festa ganhou ares tipicamente italianos e, com isso, novo impulso.Hoje, a festa mantém-se como um grande atrativo da cidade de São Paulo no mês de Agosto e atrai gente de todo o Brasil. Acontece em três momentos: na rua, na cantina e na igreja, durante cinco finais de semana.
Então, vamos lá! Afinal quando a italiana se reúne sempre é uma grande festa regada de muito macarrão, molho, fogazza, polenta e claro ao som de uma boa Tarantella.