sábado, 17 de julho de 2010

"Dance To The Music..."


Caros leitores,
Durante um longo tempo de ausência retomo o meu modesto blog e reinauguro com um tema bastante sugestivo: "balada das antigas". Quem não gosta de dançar os "hits" dos anos 70 e 80? Lembrar da disco music, black music e outras "musics"? Aposto que você já começou a lembrar de algumas e seus pés começaram a se mexer...Bateu vontade? Pois não precisa se dar o trabalho de afastar o sofá da sala,pendurar o strobo,pegar o velho "bolachão" e colocar na "vitrola" e começar a dançar os passinhos da época (quem já não fez isso? confesse!!!).
A cidade oferece vários locais onde você pode ir e colocar pra fora o John Travolta, os Jackson´s Five, o Earth,Wind and Fire, o Sly and Family Stone, o Funkadelic, Jimmy Bo Horne e outros que estão sufocados dentro de você.
Algumas sugestões: "Akbar", funciona em Pinheiros onde um dia funcionou a Salamandra, especialidade é a boa black music. O "Boogie Disco",balada certa para os anos 70, 80 e 90, localizado na Vila Olímpia. O "Diquinta", situado na Vila Leopoldina, oferece um cardápio musical bem variado: black music, R&B, samba-rock, soul e funk. Se quiser saber mais acesse: www.spbalada.com.br
Agora... é só tirar o sapato plataforma, a calça boca de sino, cinturão e a cacharel que estão escondidos no seu armário e cair na balada!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Velho casarão já quase tapera...


Da grande figueira sombrando o telhado
Se ela falasse contava a história..." de uma São Paulo que não volta mais. Andamos pela cidade e nos deparamos com vários casarões antigos totalmente abandonados e alguns em perigo de até "tombamento", literalmente falando. E esses casarões, com certeza, são símbolos vivos de nossa história que deve ser preservada. Você já imaginou se em Roma resolvessem demolir o "Coliseu"? ou no Egito a suas famosas Pirâmides? Não, dá até um desespero só de imaginar. Assim que me sinto ao olhar essas construções, como por exemplo, um dos casarões de 1930 na Av. Brigadeiro Luís Antonio, 1308. Na esquina da rua Caetano Pinto com a Av. Rangel Pestana existe uma das mais antigas edificações. Trata-se de um palacete de 1910 que leva o nome do farmacêutico italiano Carlos Rega, que morou no andar superior e montou sua farmácia no térreo. Na época da epidemia da gripe espanhola, Carlos Rega atendeu a todos os doentes e na Revolução de 1924 prestou serviços à população. Após seu falecimento em 1955, a farmácia sobreviveu até a década de 60. Com o tempo deu lugar a uma lanchonete que funciona até hoje e o andar superior abriga um cortiço. Na alameda Ribeira da Silva, travessa da Av. Rio Branco, ainda podemos ver o que sobrou do Palacete do Barão do Rio Pardo, que o construiu em 1883. Na época era considerado um dos mais belos palacetes, reflexo de uma elite cafeeira. Desde 2005 o local está interditado pela prefeitura, pois corre o risco de desmoronar. Esses são apenas alguns exemplos. E o que me resta a fazer? é seguir o sábio verso da música de Teixeirinha: "Eu conto a história, casarão amado".
Foto: detalhe do Palacete Carlos Rega

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"E agora só falta a gente abrir uma padaria...


Vender pão quentinho à noite. Café com broa de dia..." Seja qual for a hora, sempre é bom entrar em uma padaria e tomar aquele cafezinho. A cidade conta com mais de 3 mil padarias e algumas funcionam até 24 horas. A padaria mais antiga é a "Santa Tereza". Nasceu em 1872 na rua com o mesmo nome. Em 1947 mudou-se para Praça João Mendes que funciona até hoje. O salgado mais tradicional e famoso e a coxa-creme quem provou diz que não tem igual.
Àqueles que querem comprar um típico pão italiano, como eu, é só ir até a Basilicata. Ao longo dos seus 95 anos na rua 13 de Maio, oferece produtos encontrados apenas em lugarejos da itália como o queijo pecorino com trufas, da região de Chianti, norte da Itália.
Se aquele desejo gastronômico surgiu em plena madrugada, não se preocupe a padaria Bella Paulista, na rua Haddock Lobo, resolve o problema. O estabecimento funciona 24 horas inclusive com sistema de delivery, você nem precisa sair de casa!!!!
Seja qual for a padaria, não há quem resista um pão quentinho com manteiga!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Quando se mangia...


la bella polenta" na Festa da Achiropita é outra coisa. A Igreja é uma das mais conhecida na cidade e sua devoção começou no final do século XIX com a chegada dos imigrantes italianos ao bairro do Bixiga. No entanto, no bairro, além dos calabreses também haviam os cerignolanos, e aí começou a "encrenca". Os calabreses queriam construir uma paróquia a Nossa Senhora Achiropita e os cerignolanos a N. Sra. da Ripalta, que eram muito devotos. Antes que os rolos de macarrão voassem, o arcebispo tomou sua decisão: nem N. Sra. Achiropita e nem Ripalta e sim São José seria o padroeiro da Igreja. A partir daí, cada colônia realizava cada ano procissões de seus santos,no entanto a devoção a N. Srs. Achiropita, entre os moradores do Bixiga tornava-se cada vez mais forte e os calabreses a considerava a padroeira principal, não rejeitando São José, mas para eles devoção é devoção! Em virtude disso o cardeal Carmelo Putorti analisou o caso e enviou uma solicitação para que mudasse o padroeiro da Igreja para N. Sra da Achiropita, pois afinal o terreno da igreja foi doação dos calabrases, então nada mais justo. Entre molhos e macarronadas, em 1949 a Igreja foi reinaugurada como Paróquia N. Sra da Achiropita e junto começaram algumas quermeses na rua, com poucas barracas. Na década de 40 e 50 a festa saiu da rua e mudou-se para o pátio da Igreja. Em meados dos anos 70, a quermesse voltou às ruas, graças, principalmente, ao empenho dos casais participantes do Encontro de Casais com Cristo. A festa ganhou ares tipicamente italianos e, com isso, novo impulso.Hoje, a festa mantém-se como um grande atrativo da cidade de São Paulo no mês de Agosto e atrai gente de todo o Brasil. Acontece em três momentos: na rua, na cantina e na igreja, durante cinco finais de semana.
Então, vamos lá! Afinal quando a italiana se reúne sempre é uma grande festa regada de muito macarrão, molho, fogazza, polenta e claro ao som de uma boa Tarantella.

terça-feira, 21 de julho de 2009

"No Jardim...


eu me ligo em você, planto cores..." e se tratanto de Burle Marx, plantava cores em diversas formas. A maioria o conhece como um grande paisagista, mas o artista percorreu por diversos campos da arte, foi pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, criador de jóias e até cantor. Nasceu em São Paulo em 1909 passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913, onde se encontra a maioria de sua criação artística. De 1028 a 29 morou na Alemanha onde entra em contato coma as vanguardas artísticas como Picasso, Matisse, Klee e foi neste país que descobriu seu amor pelo paisagismo ao visitar o Jardim Botânico de Berlim.Ao voltar no Rio de Janeiro e seguindo o conselho de seu amigo arquiteto Lucio Costa, Burle Marx ingressa na Escola Nacional de Belas Artes e convive com,até então desconhecidos, Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa, Milton Roberto, entre outros que firmaram grande contribuições na Arquitetura Moderna Brasileira, como por exemplo, o terraço-jardim que Marx projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro, o jardim possuía uma configuração inédita no país e no mundo. A partir daí, o artista não parou mais de inovar. Em 1985, o paisagista doou seu sítio de 365.000 metros quadrados com todo o seu acervo e inclusive com uma siginificativa coleção de plantas ao IPHAN. Faleceu no Rio de Janeiro em 1994 deixando um grande legado artístico não só no Brasil mas em outros países também.
Se quer saber mais sobre o artista e conhecer suas outras facetas, não deixe de visitar o MAM que abrigará até o dia 13 de setembro a exposição "Roberto Burle Marx 100 anos: a permanência do instável", aos domingos a entrada é gratuita.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"...É comungar, é um ritual


... tão rotineiro como o sol" e também como a lua, seja qual for a hora, você pode entrar que a porta estará aberta na recém restaurada Igreja da Boa Morte, uma das poucas representações barrocas do nosso período colonial. Essa igreja ficou por muito tempo sem vida, esquecida na esquina da Rua do Carmo com a Taquatinguera, até que reconheceram o seu valor histórico e arquitetônico para a cidade e por 3 anos fizeram um árduo trabalho de recuperação e restauro. A igreja data de 1810, ficou conhecida como "Igreja da Boa Morte" porque era o último pedido feito aos condenados à forca. Na esperança de terem um destino glorioso como o da virgem Maria, eles entravam na Igreja faziam seus pedidos e seguiam em direção ao Largo dos Enforcados, que hoje é a Praça da Liberdade. Neste templo também ocorreram algumas das primeiras missas da cidade nas quais negros e brancos ficavam lada a lado. Durante o seu processo de restauro, descobriram uma pintura barroca no forro do templo que estava escondida por baixo de várias camadas de tinta, nada sabemos sobre a autoria, mas a bela pintura retrata a coração da Virgem Maria.
Como essa preciosidade, o Centro está repleto e que tal fazer um "Roteiro Religioso"? entre em contato para agendar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"OOOOOOOOYEAAAAAAAHHHHH !...,


...Everything, everything, everything it´s gonna be allright this morning!!!" Yes, aqui é a terra do Samba, do Chorinho e também do Blues e do Jazz! só numa cidade como São Paulo que acontecem coisas inacreditáveis. Em plena Av. Paulista, no Teatro do Sesi, foi possível assistir à apresentação do lendário bluesman Willie "Big Eyes" Smith, ele só foi baterista do Mestre Muddy Waters. Isso faz parte de um projeto promovido pelo Sesi que se chama "Quartas Musicais" e o melhor, com preços populares,eu paguei "R$12,00"!! e não foi meia entrada. Além disso, contamos com uma tradicional casa no bairro de Moema o Bourbon Street que recria a atmosfera de New Orleans.A casa já contou com a presença de B.B. King, Ray Charles, Naná Vasconcelos e Pinetop Perkins - que foi localizado nos Estados Unidos pelos promoters da casa, o que causou uma grande surpresa em fãs famosos que julgavam estar Perkins morto, como por exemplo, Keith Richards dos Rolling Stones que quando soube da apresentação ligou de Londres para falar com Perkins no Bourboun - e tantos outros do cenário já marcaram presença. A entrada não é tão barata, mas hoje a casa convida para alguns festivais com preços bem mais acessíveis, é só ficar de olho na programação.
Em São Paulo, quase "Everyday I have the Blues".