quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Velho casarão já quase tapera...


Da grande figueira sombrando o telhado
Se ela falasse contava a história..." de uma São Paulo que não volta mais. Andamos pela cidade e nos deparamos com vários casarões antigos totalmente abandonados e alguns em perigo de até "tombamento", literalmente falando. E esses casarões, com certeza, são símbolos vivos de nossa história que deve ser preservada. Você já imaginou se em Roma resolvessem demolir o "Coliseu"? ou no Egito a suas famosas Pirâmides? Não, dá até um desespero só de imaginar. Assim que me sinto ao olhar essas construções, como por exemplo, um dos casarões de 1930 na Av. Brigadeiro Luís Antonio, 1308. Na esquina da rua Caetano Pinto com a Av. Rangel Pestana existe uma das mais antigas edificações. Trata-se de um palacete de 1910 que leva o nome do farmacêutico italiano Carlos Rega, que morou no andar superior e montou sua farmácia no térreo. Na época da epidemia da gripe espanhola, Carlos Rega atendeu a todos os doentes e na Revolução de 1924 prestou serviços à população. Após seu falecimento em 1955, a farmácia sobreviveu até a década de 60. Com o tempo deu lugar a uma lanchonete que funciona até hoje e o andar superior abriga um cortiço. Na alameda Ribeira da Silva, travessa da Av. Rio Branco, ainda podemos ver o que sobrou do Palacete do Barão do Rio Pardo, que o construiu em 1883. Na época era considerado um dos mais belos palacetes, reflexo de uma elite cafeeira. Desde 2005 o local está interditado pela prefeitura, pois corre o risco de desmoronar. Esses são apenas alguns exemplos. E o que me resta a fazer? é seguir o sábio verso da música de Teixeirinha: "Eu conto a história, casarão amado".
Foto: detalhe do Palacete Carlos Rega

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"E agora só falta a gente abrir uma padaria...


Vender pão quentinho à noite. Café com broa de dia..." Seja qual for a hora, sempre é bom entrar em uma padaria e tomar aquele cafezinho. A cidade conta com mais de 3 mil padarias e algumas funcionam até 24 horas. A padaria mais antiga é a "Santa Tereza". Nasceu em 1872 na rua com o mesmo nome. Em 1947 mudou-se para Praça João Mendes que funciona até hoje. O salgado mais tradicional e famoso e a coxa-creme quem provou diz que não tem igual.
Àqueles que querem comprar um típico pão italiano, como eu, é só ir até a Basilicata. Ao longo dos seus 95 anos na rua 13 de Maio, oferece produtos encontrados apenas em lugarejos da itália como o queijo pecorino com trufas, da região de Chianti, norte da Itália.
Se aquele desejo gastronômico surgiu em plena madrugada, não se preocupe a padaria Bella Paulista, na rua Haddock Lobo, resolve o problema. O estabecimento funciona 24 horas inclusive com sistema de delivery, você nem precisa sair de casa!!!!
Seja qual for a padaria, não há quem resista um pão quentinho com manteiga!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Quando se mangia...


la bella polenta" na Festa da Achiropita é outra coisa. A Igreja é uma das mais conhecida na cidade e sua devoção começou no final do século XIX com a chegada dos imigrantes italianos ao bairro do Bixiga. No entanto, no bairro, além dos calabreses também haviam os cerignolanos, e aí começou a "encrenca". Os calabreses queriam construir uma paróquia a Nossa Senhora Achiropita e os cerignolanos a N. Sra. da Ripalta, que eram muito devotos. Antes que os rolos de macarrão voassem, o arcebispo tomou sua decisão: nem N. Sra. Achiropita e nem Ripalta e sim São José seria o padroeiro da Igreja. A partir daí, cada colônia realizava cada ano procissões de seus santos,no entanto a devoção a N. Srs. Achiropita, entre os moradores do Bixiga tornava-se cada vez mais forte e os calabreses a considerava a padroeira principal, não rejeitando São José, mas para eles devoção é devoção! Em virtude disso o cardeal Carmelo Putorti analisou o caso e enviou uma solicitação para que mudasse o padroeiro da Igreja para N. Sra da Achiropita, pois afinal o terreno da igreja foi doação dos calabrases, então nada mais justo. Entre molhos e macarronadas, em 1949 a Igreja foi reinaugurada como Paróquia N. Sra da Achiropita e junto começaram algumas quermeses na rua, com poucas barracas. Na década de 40 e 50 a festa saiu da rua e mudou-se para o pátio da Igreja. Em meados dos anos 70, a quermesse voltou às ruas, graças, principalmente, ao empenho dos casais participantes do Encontro de Casais com Cristo. A festa ganhou ares tipicamente italianos e, com isso, novo impulso.Hoje, a festa mantém-se como um grande atrativo da cidade de São Paulo no mês de Agosto e atrai gente de todo o Brasil. Acontece em três momentos: na rua, na cantina e na igreja, durante cinco finais de semana.
Então, vamos lá! Afinal quando a italiana se reúne sempre é uma grande festa regada de muito macarrão, molho, fogazza, polenta e claro ao som de uma boa Tarantella.

terça-feira, 21 de julho de 2009

"No Jardim...


eu me ligo em você, planto cores..." e se tratanto de Burle Marx, plantava cores em diversas formas. A maioria o conhece como um grande paisagista, mas o artista percorreu por diversos campos da arte, foi pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, criador de jóias e até cantor. Nasceu em São Paulo em 1909 passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913, onde se encontra a maioria de sua criação artística. De 1028 a 29 morou na Alemanha onde entra em contato coma as vanguardas artísticas como Picasso, Matisse, Klee e foi neste país que descobriu seu amor pelo paisagismo ao visitar o Jardim Botânico de Berlim.Ao voltar no Rio de Janeiro e seguindo o conselho de seu amigo arquiteto Lucio Costa, Burle Marx ingressa na Escola Nacional de Belas Artes e convive com,até então desconhecidos, Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa, Milton Roberto, entre outros que firmaram grande contribuições na Arquitetura Moderna Brasileira, como por exemplo, o terraço-jardim que Marx projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro, o jardim possuía uma configuração inédita no país e no mundo. A partir daí, o artista não parou mais de inovar. Em 1985, o paisagista doou seu sítio de 365.000 metros quadrados com todo o seu acervo e inclusive com uma siginificativa coleção de plantas ao IPHAN. Faleceu no Rio de Janeiro em 1994 deixando um grande legado artístico não só no Brasil mas em outros países também.
Se quer saber mais sobre o artista e conhecer suas outras facetas, não deixe de visitar o MAM que abrigará até o dia 13 de setembro a exposição "Roberto Burle Marx 100 anos: a permanência do instável", aos domingos a entrada é gratuita.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"...É comungar, é um ritual


... tão rotineiro como o sol" e também como a lua, seja qual for a hora, você pode entrar que a porta estará aberta na recém restaurada Igreja da Boa Morte, uma das poucas representações barrocas do nosso período colonial. Essa igreja ficou por muito tempo sem vida, esquecida na esquina da Rua do Carmo com a Taquatinguera, até que reconheceram o seu valor histórico e arquitetônico para a cidade e por 3 anos fizeram um árduo trabalho de recuperação e restauro. A igreja data de 1810, ficou conhecida como "Igreja da Boa Morte" porque era o último pedido feito aos condenados à forca. Na esperança de terem um destino glorioso como o da virgem Maria, eles entravam na Igreja faziam seus pedidos e seguiam em direção ao Largo dos Enforcados, que hoje é a Praça da Liberdade. Neste templo também ocorreram algumas das primeiras missas da cidade nas quais negros e brancos ficavam lada a lado. Durante o seu processo de restauro, descobriram uma pintura barroca no forro do templo que estava escondida por baixo de várias camadas de tinta, nada sabemos sobre a autoria, mas a bela pintura retrata a coração da Virgem Maria.
Como essa preciosidade, o Centro está repleto e que tal fazer um "Roteiro Religioso"? entre em contato para agendar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"OOOOOOOOYEAAAAAAAHHHHH !...,


...Everything, everything, everything it´s gonna be allright this morning!!!" Yes, aqui é a terra do Samba, do Chorinho e também do Blues e do Jazz! só numa cidade como São Paulo que acontecem coisas inacreditáveis. Em plena Av. Paulista, no Teatro do Sesi, foi possível assistir à apresentação do lendário bluesman Willie "Big Eyes" Smith, ele só foi baterista do Mestre Muddy Waters. Isso faz parte de um projeto promovido pelo Sesi que se chama "Quartas Musicais" e o melhor, com preços populares,eu paguei "R$12,00"!! e não foi meia entrada. Além disso, contamos com uma tradicional casa no bairro de Moema o Bourbon Street que recria a atmosfera de New Orleans.A casa já contou com a presença de B.B. King, Ray Charles, Naná Vasconcelos e Pinetop Perkins - que foi localizado nos Estados Unidos pelos promoters da casa, o que causou uma grande surpresa em fãs famosos que julgavam estar Perkins morto, como por exemplo, Keith Richards dos Rolling Stones que quando soube da apresentação ligou de Londres para falar com Perkins no Bourboun - e tantos outros do cenário já marcaram presença. A entrada não é tão barata, mas hoje a casa convida para alguns festivais com preços bem mais acessíveis, é só ficar de olho na programação.
Em São Paulo, quase "Everyday I have the Blues".

terça-feira, 30 de junho de 2009

"Arquitetura é música petrificada"...


...como tão magnificamente Goethe definiu. A pluralidade arquitetônica na cidade é um dos atrativos dessa metrôpole. Podemos avistar um prédio do início do século XX cujo vizinho é um prédio projetado por Ruy Ohtake. A primeira experiência é atribuída ao arquiteto russo Gregori Warchavchik que projetou, em 1927, sua própria casa na Rua Santa Cruz e que ficou conhecida como "A Casa Modernista", no entanto configura-se como um projeto isolado dentro de um cenário da época. O marco de uma renovação arquitetônica paulista se deu no Primeiro Congresso dos Arquitetos em 1945 onde se destacam arquitetos como Rino Levi, Henrique Mindlin, Oswaldo Bratke, entre outros que trazem uma "modernização" agregada por soluções inovadoras. Henrique Mindlin, traz um ideal racionalista, visando mais a funcionalidade, traz para perto do corpo das construções áreas de serviço doméstico e garagem. Rino Levi caracterizou-se numa arquitetura sóbria e bem estruturada como podemos ver no Hotel Excelsior, Cine Ipiranga e o prédio da Fiesp na av. Paulista. Oswaldo Bratke, responsável por projetos residências como a Fundação Oscar Americano e Maria Luiza, difundiu o Racionalismo contemporâneo, aceita pela elite paulistana.Atualmente, quem anda pela região da Berrini observa muita dessa arquitetura nos prédios comerciais assinada pelo seu filho Carlos Bratke.
Claro que na lista não poderia deixar de mencionar Oscar Niemeyer que foi o primeiro a explorar as possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado. Seus trabalhos mais conhecidos na cidade são os prédios do Parque do Ibirapuera e o Memorial da América Latina.
Na cidade, podemos esbarrar em edifícios projetados por Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Croce, Gerson Borsoi, Artigas entre tantos outros.
Com tanta arte a céu aberto, seria um desperdício não apreciar. Entre em contato.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Não é proibido...


Traz toda a gente, tá convidado, não para dançar como diz a música mas para participar do necroturismo. O nome assusta,confesso, é essa minha intenção, mas é um passeio no Cemitério da Consolação,onde se encontram várias obras de arte e várias sepulturas de personalidades da nossa história. Infelizmente, esse segmento ainda é muito tímido na cidade, muitos paulistanos não conhecem o seu potencial patrimonial e quem já o fez, se encanta com a riqueza artística e com as estórias.E claro que a aventura macabra não acaba aqui. A cidade está repleta de locais ditos como assombrados e histórias de crimes misteriosos ou até de descasos. Quem anda ao redor da Rua dos Estudantes,no bairro da Liberdade, nem imagina o que era aquilo antes,e a Casa da Yaya? sua história é comovente, sem falar na tragédia do Edifício Joelma, que inclusive, anterior a sua construção, ocorreu um crime que abalou a cidade. Bom, acho melhor parar de falar de coisas do além, senão ninguém dorme à noite. Mas como sei que a "curiosidade" é mais forte que qualquer mortal, assista à entrevista no Programa do Jô:
http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1066473-7822-GUIA+ANGELA+ARENA+FAZ+TURISMO+DIFERENTE,00.html
E se mesmo assim ainda ficou curioso... é só me evocar, mas não precisa ser através da "brincadeira do copo", pode ser pela Agência Graffit.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Amanhã não tem feira...


Ê,José!... Porque tem a peça " A Bela e a Fera" no Teatro Abril, que aliás foi cenário de tantas outras histórias da cidade. Em 1929, foi inaugurada como cine/teatro Paramount, primeiro local a exibir filme sonoro da América Latina, era local de glamour cuja arquitetura o fez ser conhecido como "palácio encantado".
Nos anos 60, o teatro foi palco de vários encontros musicais, como o da cantora Elis Regina e Jair Rodrigues que resultou em um disco de maior sucesso "Dois na Bossa". Do mesmo teatro, a TV Record apresentou o programa "Jovem Guarda", que reunia sempre aos domingos cantores como Wanderléia, Roberto Carlos e o "seu amigo" Erasmo Carlos. O Segundo Festival de Música popular Brasileira também ocorreu lá, e quem esteve nunca mais esqueceu, pois foi neste festival que a história da nossa música mudou pra sempre com a entrada das guitarras elétricas nas apresentações do Caetano Veloso cantando "Alegria, Alegria" com o conjunto Argentino "The Beat Boys" que ganhou o quarto lugar e Gilberto Gil cantando "Domingo no Parque" com o então desconhecido conjunto "Os Mutantes" e ainda acompanhado com a Orquestra de Rogério Duprat, essa mistura musical inédita lhe rendeu o segundo lugar. Essas duas apresentações deram origem ao Tropicalismo.
Em 1969, um incêndio destruiu parcialmente o local e algumas mudanças foram feitas no seu interior, restando do original o hall e a fachada. Em 1980 foi tombado e devido à decadência do local fechou em 1996. Em 2000 foi feito uma grande reforma e suas cortinas passaram a abrir para grandes peças como "Os Miseráveis", "O Fantasma da Ópera entre outras.
Então, além de um domingo no parque com muita alegria você pode ir até o Teatro Abril, por que não...., por que não...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Se eu tô alegre....


Eu ponho os óculos e vejo tudo bem... ainda mais se estiver no Museu do Óculos Gioconda Giannini que pertence ao esteta ótico Miguel Giannini. O museu, que ocupa uma parte do piso superior de um casarão do início do século passado, conta com cerca de 600 peças sendo 200 em exposição que contam histórias através de modelos raros e antigos como a réplica dos primeiros óculos ocidentais do século 13, modelo oriental do século 18, um par da década de 20 que pertenceu a Santos Dumont, exemplar que pertenceu ao apresentador Jô Soares e da cantora Elis Regina, entre tantos outros modelos curiosos.
Ficou com vontade de ver tudo isso? Basta ir à Rua dos Ingleses,108 de segunda à sexta das 9h às 18h00 e aos sábados das 9h às 13h00 - gratuito
Só fiquei com uma dúvida: Será que o Paralamas do Sucesso visitou o Museu do Óculos?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Galeria foi a visão mais ampla....


Do que hoje é Sampa....Quem anda pelo centro da cidade não tem ideia das grandes galerias que existem por lá e que foram modelos de arquitetura moderna da região. Hoje a mais conhecida é a "Galeria do Rock",mas envolta dela há um labirinto formado por tantas outras. A "Galeria Itá", surgiu na década de 40 e ainda conserva traços originais, logo do outro lado está uma passagem projetada pelo arquiteto Rino Levi no anos 50 e há um painel de ladrilhos verdes de Burle Marx. Já na Rua Barão de Itapetininga com a Rua Dom José de Barros,outra galeria projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1951, é um reduto das pedras preciosas e quando visita-la não deixe de ver o imenso painel de pastilhas de vidro desenhado por Portinari. A "Galeria Nova Barão", também na Rua Itapetininga, é a única do centro a céu aberto com uma pracinha com bancos e uma pequena fonte e se estiver chovendo e você não esperava por isso, na galeria tem a Loja "Oliveira", inaugurada em 1967. Andando um pouquinho até a praça Dom José Gaspar, tem a famosa "Galeria Metrópole", projeto de Salvador Candiá, impressiona por sua beleza e foi cenário para uma das cenas do filme "O Príncipe", de Ugo Giorgetti. E para descansar de tanto andar pelas galerias é só sentar em uma das mesas espalhadas na praça, fazer o pedido e apreciar uma boa música.

sábado, 6 de junho de 2009

LAMPIÃO DE GÁS....


Ai quanta saudade você me traz... Em plena metade do século XIX, os paulistanos carenciam de dois serviços básicos: água e luz. O abastecimento de água na cidade ainda era feito através de chafarizes, quanto à luz, poucos lampiões muito distantes entre si e que ainda se apagavam no meio da noite deixando a cidade em um total breu onde tudo acontecia, presos fugiam da cadeia, topadas, dedos quebrados...Quem veio ajudar um pouco essa situação foi "The San Paulo Gas Company, uma companhia inglesa que instalou o Gasômetro na Várzea do Carmos,que prometeu 700 lampiões na cidade e até hoje podemos ver o antigo prédio perto do Mercado Municipal. A alegria do povo não durou muito, os preços ficaram cada vez mais elevados, tanto que o gás passou a ser chamado de "luz de luxo". Com a expansão industrial na cidade, houve a necessidade de se implantar a luz elétrica e foi, em 1899, que chega à cidade a "Light and Power", empresa canadense que não só trouxe uma "luz" ao problema, mas também concessão de serviços urbanos e telefonia. O prédio dos escritórios da companhia existe até hoje, está localizado no Viaduto do Chá que funciona,desde 2000,como Shopping Light.
Se este texto "acendeu" sua curiosidade, visite o Museu da Energia na Alameda Cleveland, 601,no Campos Elísios, a entrada é gratuita e o acervo é fantástico.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

No Escurinho do Cinema....


do Cine Marabá é onde eu quero estar. Mais um patrimônio retorna aos paulistanos em pleno Centro Novo. Iniciativa como essa deve ser cada vez mais seguida, pois é uma forma de manter a memória cultural de uma sociedade além de revitalizar a vida noturna no Centro. O Cine Marabá foi inaugurado em 1944, em uma área conhecida como a Cinelândia Paulistana. Nos primeiros anos, foram exibidas as primeiras produções da Companhia Vera Cruz. O Cine trabalhou por 63 anos, sendo fechado em 2007. Agora ele possui 05 salas, sendo a maior com 430 assentos. Os responsáveis pela reforma do Marabá foram os arquitetos Ruy Othake e Samuel Kruchin.
E que tal uma pipoca para comemorar!!!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O pincel amanheceu triste


Essa é uma homenagem ao grande pintor Arcângelo Ianelli. O pintor paulistano, filho de imigrantes italianos, nasceu em 1922, mesmo ano em que, no Teatro Municipal de São Paulo, artistas e intelectuais organizam a Semana de Arte Moderna com a proposta de uma arte mais verdadeira, uma quebra ao academicismo de então. Arcângelo fez parte da geração de pintores autoditadas, de orgem proletária que praticavam suas pinturas ao ar livre e que se diferenciavam dos outros através das técnicas e temas dentro de uma proposta regional não acadêmica.
Até 1960, sua pintura era figurativa, a partir de então, vagarosamente, as figuras começam a perder sua forma. As linhas e as formas geométricas dominam por completo seus quadros.
Muitos de seus quadros percorreram o mundo, participando dos principais centros culturais, como França,Alemanha, Itália e Inglaterra.
Para Ianelli existiam dois tipos de obra: a boa e a ruim, e como um artista inquietante que foi assim definia sua trajetória:"Eu não busco o novo, eu busco o simples".

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Quase não tínhamos livros em casa...


E a cidade não tinha livraria". Concordo com o Caetano Veloso, pois a primeira livraria da cidade foi aberta somente em 1876 pelos portugueses Antonio Maria e José Joaquim Teixeira com o nome de "Livraria Teixeira". Essa livraria funciona até hoje no mesmo endereço na Rua Marconi, no Centro antigo. No princípio era mais voltada para a área jurídica. Com a morte de seus fundadores, a empresa passou por vários sócios. José Vieira Pontes administrou durante mais de 50 anos - de 1896 a 1952 - também escrevia peças teatrais e lançou mais de 400 textos. A livraria passou a ser ponto de encontro de artistas e intelectuais ligados às artes cênicas. No campo editorial, a livraria colocou no mercado obras famosas como "Espumas Flutuantes", de Castro Alves, em 1889 e a primeira edição de "A Carne", romance de Júlio Ribeiro que provocou escândalo na época. As tardes de autógrafos eram verdadeiros acontecimentos, escritores como Jorge Amado, José Mauro de Vasconcelos, Lygia Fagundes Telles, lançaram alguns de seus livros na Teixeira. Até o Rei do futebol, Pelé, já esteve lá, e entrou na loja em grande estilo: carregado pelo público. Hoje, reformada e modernizada ainda é um ponto obrigatório de parada, pois como ainda diz a letra de Caetano "os livros são objetos transcedentes".

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mamma Son tanto Felice


Porque vou para a Festa de São Vito, no Brás. A comunidade polignanesa, desde 1918, se dedica para a uma das mais tradicionais festas italianas da cidade. Durante seis finais de semana, com início no dia 30 de maio, atrai milhares de visitantes, que vem em busca das comidas típicas e claro, ouvir o melhor da música italiana ao vivo.
Além dessa animação, a festa também tem um caráter social. As mammas, que preparam os pratos típicos, integram o grupo de voluntários e toda a renda da festa é destinada às obras sociais da paróquia em prol da comunidade.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

É tanta coisa no menu...


Que eu não sei o que comer.....Foi essa sensação que tive ao degustar o excelente livro "Gastronomia no Mundo e no Brasil", de minha amiga Dolores Freixa em parceria com Guta Chaves. O livro nos faz viajar pelo mundo gastronômico que vai desde da Pré-História até a atualidade, e claro, passando pela nossa cozinha brasileira. São várias as curiosidades que compõe esse universo!!!
Então, você tem fome de que?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

MISTÉRIOS DA MEIA NOITE.....

Que voam longe..... E põe longe nisso! O que de fato motivou o crime que aconteceu no Castelo da Rua Apa na noite de 12 de maio de 1937, ninguém saberá. Só sabemos que três membros da família Reis foram assassinados. A polícia, na época, atribuiu o crime ao Álvaro, um playboy, cujo comportamento era adverso aos padrões da sociedade da época, afinal, não trabalhava, frequentava as altas festas e adorava tudo que era de mais moderno, tinha o desejo de montar o primeiro rinque de patinação em São Paulo. Seu irmão, Armando, era totalmente o contrário, cuidava dos negócias da família e não apoiava o irmão nas suas idéias. Talvez isso, segundo o delegado da época, tenha sido o motivo da discussão, levando Álvaro a matar o irmão, sua própria mãe e ter cometido suicídio com dois tiros!!. O fato que após esse crime que abalou a cidade, o imóvel ficou em total abandono, sendo servido como abrigo para moradores de rua na década de 70, e que os próprios juram terem visto vultos e ouvido vozes. Essa história, onde o sobrenatural se mistura com a realidade despertou curiosidade até no exterior. Uma equipe de paranormais americanos, conhecidos como "Ghost Hunters International" vieram em busca de uma resposta na qual eu ouvi. Sim, eu ouvi uma voz.
Realidade ou não!!! Ainda é um mistério!!!!!



domingo, 17 de maio de 2009

POR FAVOR......PARE AGORA!!!!!!


Essa é a frase mais dita entre as noivas quando avistam seu sonhado vestido na Rua São Caetano, ou mais conhecida como a "Rua das Noivas".
Pra começar é muito comum o mês de Maio ser o mês do enlace matrimonial. Como começou? Por influência da Igreja Católica, isso porque o mês de Maio é o mês da consagração de Maria e que serio o mais propício para cerimônias religiosas. Fundada há 61 anos, a Rua São Caetano conta com 117 lojas de produtos de casamento, entre elas de vestido de noivas, com cerca de 17 mil modelos prontos para aluguel e venda, a preços que variam de R$ 600 a R$ 15 mil.

Isso sem contar os trajes para damas de honra, madrinhas, padrinhos e noivos, além de itens de festa, lembranças, convites, fotos e vídeos. Mais de 50 estilistas especializados trabalham no local, que tem ainda três mil costureiras, 500 arrematadeiras e bordadeiras e 300 revendedoras.

Por lá circulam 34 mil pessoas todo mês, movimentando em torno de R$ 3,5 milhões. Um segmento de crescimento significativo na Rua São Caetano são os vestidos para segundos casamentos, cada vez mais freqüentes.

AGORA PODE BEIJAR A NOIVA